O “estado” eclesiástico e a rédea social
Sob os olhares de comunicadores sociais acerca de um fenômeno de caráter político-ideológico, vale frisar que, antes de mais nada, a retratação do “retrocesso”, enquanto produto da reincidência de uma amostra outrora percebida, representa a remontagem de um Estado – instituição –, onde o seu líder era o “segundo homem” depois de Jesus (Papa).
Traçado um paralelo sobre a observação da realidade, é importante ressaltar que o “retrocesso” é a simbiose entre factualidade e as perspectivas tangentes ao mundo que nos cerca.
A legitimidade do poder é concedida pelos líderes institucionais, quer seja na Igreja, no Estado-nação ou órgão de natureza educacional, cultural ou para o estabelecimento do convívio público.
No que concerne ao curso histórico dentro do processo de organização do pensamento humano e manifestação de suas normas e condutas em meio à sociedade, é imprescindível salientar que a manifestação que a Igreja exerce vai além da capacidade de raciocínio das pessoas, transpondo-se a toda superficialidade de seu repertório, bem como à indisponibilidade de consciência crítica sincronizada de acordo com a manipulação a que elas são submetidas.
É necessário acrescentar que, ao passo de uma avaliação sociológica ou mesmo antropológica, o tópico “religião” difere de sociabilidade, uma vez que a primeira é função da transculturação entre o poder de pensar e agir das pessoas. A última representa a interação dos entes a partir de uma ordem pré-estabelecida.
Vale, finalmente, afirmar que os mecanismos de manipulação do “subconsciente” popular por intermédio dos compromissos protocolados entre Estado e Igreja são fluxo pleno da circunstância, destituído qualquer desvencilhamento na prospecção dos discursos produzidos, bem como subvertem a condição de civilidade dos cidadãos.
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