domingo, 19 de outubro de 2008

Coluna: Economia (por Diogo Martins)

Tudo o que você sempre quis saber sobre CDBs, mas tinha medo de perguntar


Noutro dia, estava num bar (de onde saem as melhores conversas, a propósito) com dois amigos. De repente, surgiu o assunto economia. Ambos começaram a falar do tema que toma conta do noticiário econômico brasileiro: a crise financeira americana e suas conseqüências na Bovespa. Perguntaram-me se era um bom momento para investir na bolsa. Disse-lhes que depende da duração da crise lá fora e que os papéis de grandes empresas nacionais, como a Vale e a Petrobras, estão baratos (e devem ficar ainda mais). Mesmo assim, ambos continuaram receosos.
Como a dupla demonstrou interesse em ter uma rentabilidade maior do que a da poupança, mas sem os riscos da Bolsa (talvez este também seja um desejo seu, querido leitor), acenei para a possibilidade de aplicação em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), cujos papéis são emitidos pelos bancos, a fim de aumentar seu crédito (liquidez). Ou seja, o cliente empresta dinheiro aos bancos, e ganha um percentual sobre o valor negociado.
Estes papéis podem ser prefixados, com rentabilidade e prazo definidos na aplicação; pós-fixados, com ganhos atrelados aos Certificados de Depósitos Interbancários (CDIs), que seguem a variação da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75%; ou ter Swap, cuja remuneração é prefixada ou pós-fixada, de acordo com as Taxas Selic, cambial ou CDIs. Para esta última modalidade, os recursos empregados, normalmente são superiores a R$ 100 mil (cem mil reais). Enquanto que nas outras, na maioria das vezes, a aplicação é a partir de R$ 1000 (mil reais). Algumas instituições bancárias aceitam aplicações com valores inferiores.
Especialistas recomendam que investidores apliquem em bancos de primeira linha, já que os riscos de falência destas instituições são menores. Os bancos de segunda e terceira linhas dão maior rentabilidade, mas suas chances de quebra também são maiores. Os recursos aplicados em CDBs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito, criado pelo governo e formado com contribuições dos próprios bancos. No caso de falência da instituição bancária, estão garantidos R$ 60 mil (sessenta mil reais) por CPF.

Mas antes de começar as suas aplicações, fique de olho no Imposto de Renda. Caso os recursos sejam resgatados antes de seis meses, a tributação é de 22,5% sobre o rendimento; de seis meses a um ano, de 20%; de um a dois anos, de 17,5%; e, acima de dois anos, de 15%.
Lembre-se sempre de pesquisar as taxas e as condições de cada banco. Procure negociar com o seu gerente. Não se esqueça de que, em se tratando de CDB, quanto menor o investimento, menor a rentabilidade.

Até a próxima!!!

Um comentário:

Alexandre Bizerril disse...

Interessante comentario. Boas dicas com relação a investimentos. Bem explicado, acho que qualquer leigo conseguiria entender o que você comentou. Apenas uma coisa: SWAP?? Eu não entendi muito bem, talvez deva reler sua coluna, mas com certeza sai pensando em qual sería a melhor aposta para um possivel investimento.