Descortina o
futuro a ciência
Que a reboque
privou a capacidade de frutificar o amanhecer
Vela em sãs
congruências a sapiência
Crucial
projeção da realidade à custa do perceber
Redenção
frívola sob os auspícios da legitimidade
Juntos andam
a passividade e a inação
Lente de
aumento contínua ao trato da equidade
Silvos
revoltos lançam voz na imensidão
Incansáveis
lacunas destratadas pelo distanciamento reticular
Lucro
presumido na recorrência auricular
Fórmulas de
intromissão utilitária
Ricas preces
ao tecer do alvorecer
Recôndito
incansável da passividade diária
Pródiga
presunção do cinismo de querer
Catarse
infinda de ornamentos
Atrevimento
cônscio num tempo arcaico
Convivência
abrupta de lúcidos momentos
Aridez
convincente de um estado laico
Abismo contunde o fôlego
A obra não deixa de ser escolha como entrega
Hóspede do deslize trôpego
No íntimo, a alma congrega
Eleva o movimento ao estado etéreo e solene
Ainda que as estradas sejam de cunho perene
Interseção audaz de versos serenos
Livres de julgamentos plenos
Tórrida leveza em movimento
Palco isento de cenário em tormento
Solidez na
mediação introspectiva da sonoridade
Na
despretensiosa transgressão na flor da idade
Sem controle,
a matéria nunca será força motriz do conhecimento
Fixo torno no
trajeto do pensamento
O vento virá
a lançar palavras com fragmentos
Para
condensá-las numa trova narrativa
Suor e
cansaço correspondem a puros contentamentos
Cumprida à
risca a incontrolável dinâmica da livre iniciativa
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