Hoje minha alma canta feliz. A cisma do âmago desencanou e desdenhou da farsa alheia sem pesar. Filhos da sorte contam com porto seguro à flor da pele. Voz atirada de corpo ao léu. Adjacente ao fel. E que o torpe e incandescente seio do aconselhamento ganhe firmes vezes na paz que acolhe a dor sem cessar.
Fino trato à minh’alma. Muito me orgulha essa aura que oscila nos ares refinados em destronados véus. É como ver os sonhos flutuando no prisma encantado da felicidade. Longe da convicção do porto seguro de ti. A saudade quer te ver. Sem perdão. Sem razão. Fingir não importa. Renega as verdades. A acuidade cordiana prima pela força desproporcional do sorriso atordoante.
A prova da alienação emocional surge da fragilidade incomensurável dos indivíduos de não identificar o que os une. Violação do próprio direito de amar? Melhor seria reparar no “dentro” a inquietante distância entre o querer e o poder. Vislumbrar mudança não garante significativas melhorias. Revela-se notável o resguardo do lúcido pensamento acerca do confronto indissolúvel da vontade com a restrição.
Vícios e virtudes. Frívolos e sépticos descontroles sobre o virtual do interior. É quando a magia do imaginário encandeia pretensões desmedidas, jazidas as chances recolhidas de ontem. Rechaça a pressa de sentir. E consola o imprevisível balanço no peito, o vacilo da homenagem na lembrança.
Fuligens e vertigens. Do intrépido ao insólito. Dispensa comentário o irrepreensível senso de toar em claves o tênue sopro em arte. Vide em coro a delícia de estar no meio de convivas estimados. Preciso acorde da sina aquiescente de norte. Queda-se dos mais ínfimos subterfúgios e busca refúgio na palma da muda do amor. Tráfico de solidariedade: disso que o mundo precisa. Sorteia tua prece ao pródigo conselho dos céus. Dos seus. Dos ateus. Mas deve-se estar propenso aos desígnios de Deus.
Dita o ritmo do coração. Fenda que guardou a flor só para lhe mostrar. Música e dom. Espera e som. Espelho e tom. Cerdas preservadas da torpe e vã idéia de esquecimento. Do mesmo que traz a saudade ao último grau, como o prólogo da obra sem forma. Apenas a prova de fogo. Que baliza o curso artificial do novato no tempo. Sem tormento. Advento. Flerte em voga. Chama crivada do sentido, livre de juízo e de apelo, válido em território nunca antes explorado. Fascínio o espelho.
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