“Jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.” (Cláudio Abramo)
Sete de
abril é a data representativa para homenagear a profissão de jornalista. Logo seis
dias após o dia da mentira? A obsessão do noticiarista beira as raias do
verossímil. E este precisa sempre lidar com a desconfiança. A dúvida é amiga
inseparável do discernimento, que anda de mãos dadas com a formação do pensamento
crítico.
Missão
irrevogável de peregrinos da informação. Amantes da notícia e inconfidentes
utópicos. Súdita voz do inconformismo. Prece atônita do dono de um dócil apuro
em evidências. O jornalismo estimula o olhar sensorial – percepção incomensurável
sobre os desígnios coletivos diários – e evoca sintonia crítica ante os
prodigiosos manifestos de poder de grandes conglomerados e instituições.
A
atividade jornalística é aquela quase dependência da voz de um guru que vai te
confessar experiências fabulosas acerca de um passado obscuro ou fascinante.
Ainda que isso não passe de um mero e obsoleto acaso. O tempo é o vilão e
arquivo seletivo de fatos ao longo de um ciclo.
O bom
newspaperman é aquele que ouve diversas partes e refuga de todas. Cismas de
editor parecem feridas que deixam de cicatrizar. Coletivos indissolúveis de
conhecimento angariado através da retribuição e compensação entrópica entre as
partes. Relíquia cínica do saber. Vício da linguagem introduzida à enunciação
do discurso em sistema operacional de mídia.
O
cotidiano é parte integrante de suas pautas e, por mais inesperadas, as
tragédias também se tornam corriqueiras.
Retratos de uma realidade, de uma época. Sejam notícias boas ou ruins,
mais do que fatos, se refinam repertório de um imaginário coletivo e formador
de opinião pública. O desempenho ganha continuísmo quando se torna responsável
pela perpetuação dos acontecimentos na história.
Um comentário:
Uma pequena homenagem ao Dia do Jornalista, comemorado todo 07 de abril. Parabéns a nós, editores desse brasilzão!
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