Mãos dadas e
horizonte ao fundo
Milhares de
vozes e tons em profusão
Nada nos
atinge e lá fora corre o mundo
Vida arredia
que não passa de ilusão
Promessa
sincrônica da quista eternidade
O tempo
tangencia a tônica da longevidade
Reticências
coloridas encantam este novo cenário
Invadido pela
lucidez intrépida do imaginário
Inúmeros
caminhos possíveis
Rédea
exponencial de cernes cognoscíveis
Escoa à
ciência a arte
Restante a
evidência da dor de parte a parte
Coroação inimputável
do desejo de bem
Pedinte de
transigentes e consoantes sentidos
Aos quais se
renovam os incontidos votos de amém
Sem os tais
poréns, hoje supridos
Nuances
diletas e coloridas
Ao lado de
ciências rígidas e crônicas
Redemoinho de
emoções não decididas
Previdente e
servil recrutamento de ações contínuas e anacrônicas
Legado
retrógrado do vil núcleo social
Em cujas
amarras há (pouca) louca moral
Contraste da
intensa busca pela essência em si
Franqueza em
questão que nunca jaz aqui
Chamado providencial
da eloqüência
Afã excludente
na chegada palpável do cotidiano
Fino trato imprevisível
a qualquer sequência
Aprazível dom
aprimorado num prévio plano
Rege o curso
o fôlego que dispensa outro sufoco
Engrosso o
caldo com sentimentos reais
Ressoada
inquestionável deste troco pouco
Privilégio
inenarrável lembrado por falsetes ideais
Felicidade
silenciosa aos olhos de Ossanha
Precisa tez
protegida dos que clamam manha
Afere a
pressão que foge e pulsa
Disponha a
disposição de repulsa
Conta súbita
da renovação à luz
Desmedido
silêncio compositor da alegria
Pleno coração
querelante seduz
Relicário
denso da incrédula alegria
Desordem,
elo, infinito
Vácuo inócuo
onde soava reluzente
Melodia num lócus
bonito
Aquilo que,
rechaçado, permanece ausente
A realidade é
porta fechada e tudo lá fora
Mesmo sem saber
quem ainda não foi embora
Sofrer,
abdicar e esquecer
Viver, amar e
reviver
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