quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SOBRE O INDIZÍVEL

HÁ VEZES EM QUE NÃO PRESTA O TEMPO PARA O RACIOCÍNIO. // E O PREÇO É A VERDADE. // CÚMULO DA ALMA, SOPRO SEM CULPA. // APENAS OS DESDOBRAMENTOS DA CRUA REALIDADE SOBRE AS PINCELADAS JÁ ESMAECIDAS. // E O CONTRASTE É A EMOÇÃO DO INSTINTO. // DESCONTÍNUO COMPASSO DE TRIZES MUTANTES, EM CUJA PARCIMÔNIA DEIXOU DE SE FAZER VALER A DOR. // AS HORAS SE FORAM NA INTRÉPIDA PENUMBRA DO CINISMO E AS VOZES SILENCIAM SEM PERDÃO. // JAZZ AQUI O CORO DE DENTRO, REFRÃO ADJACENTE AO PEITO, QUE TANGENCIA O CORAÇÃO NA PERIGOSA ESTRADA DO IMPERFEITO. // NELA, O ERRO É VITAL, FILHO DA TRAGÉDIA, NAS RAÍZES QUE AFIRMAM A REPERCUSSÃO DO MUNDO SENSÍVEL. // VÉUS RESPONDEM À SOMBRIA REFRAÇÃO DO TREVO RACIONAL. // EMANAM A LINHA TÊNUE ENTRE A CRISTALINIDADE E A DÚVIDA, EM CUJA TRAJETÓRIA A PALAVRA DESDENHA AJUDA. // O PEITO ECOA O AR EMPAPUÇADO DE AMOR NA TRILHA DAS SENSAÇÕES. // O SUFOCO ANTECIPA A PRESSA NA IMENSIDÃO DO NOSSO PRÓPRIO DOMÍNIO. // O ABISMO DE DISCREPANTES ALTERNATIVAS RESVALAM NA SEPULTURA DOS CONTOS. // E O SUMO FICA NA POESIA AO PÉ DA CAMA. // POST SCRIPTUM DE INTERMITENTES DESEJOS, ENTRANHADOS NO SUOR SINCERO DA NOITE VIOLADA. // TRÊMULAS MÃOS ACORDAM A BANDEIRA DO ELOGIO ÀS ESCURAS. // SEM PERDAS NEM ENGANOS. // O MOSAICO DO CORAÇÃO RESSOA AS BATIDAS DESCOMPASSADAS, NO LIVRE-ARBÍTRIO DAS CORES DISSIMULADAS. // O CRÉDITO DO DESPERDÍCIO REMONTA O INCONSCIENTE PARA O MEL DOS LÁBIOS PUROS. // SEM QUE A BRISA DEIXE DE CONSOLAR O ANTIQUADO OLHAR DE AGORA. // MAIS MADURO, MAIS SERENO, MAIS RACIONAL. // A PRECE AO HORIZONTE REPRESENTA A CRENÇA DE NÃO MAIS IDEALIZAR. // AS SEM-HORAS DA DÍVIDA FINALIZAM A REPRISE DO DESDÉM. // E O VÃO ESQUECEU AS BRECHAS DO SUTIL RECADO EM TRISTES FINS QUE NUNCA DEVEM DEIXAR DE EXISTIR. // CÉLEBRES PRAZERES DA ELEVAÇÃO DO EFÊMERO. // PERSPECTIVA MODERNA DO GROSSO MODO DE REPELIR A SI MESMO, EM VAZIOS ALHEIOS. // O ENCONTRO SADIO RIDICULARIZA O TEXTO PRONTO GUARDADO COM CARINHO. // NADA SUBSTITUI O CONFRONTO. // E A GUERRA COMEÇA ANTES MESMO DA CHEGADA, EM SÚBITOS LANCES DO PRETEXTO. // O VÍCIO DO SABOR TORTUOSO PROMOVE A PERDIÇÃO COMO A VILÃ DA HISTÓRIA. // E PRECISA DE PERMISSÃO? // A PORTA JÁ ESTAVA ENTREABERTA. // ATÉ PARA AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM ADMIRAR. // A REDENÇÃO MORA NO ÊXITO DA CONSCIÊNCIA. // MESMO QUE NÃO CONSTEM ACERTOS PRIMOROSOS. // A CELEUMA DA EXISTÊNCIA ESCONDE A PUREZA E REPRIME O ESPELHO. // AS CICATRIZES CAUTERIZADAS TREPIDAM NA FÓRMULA INEXISTENTE DO RECOMEÇO. // E O SOL AINDA NÃO SE PÔS NEM COM A PENEIRA. // SUSSURROS RECOMENDAM OS SINAIS DA MANHÃ DO DIA SEGUINTE. // É O ANÚNCIO DA PRESENÇA, SEM PESARES, COM AS HONRAS DE POUCAS ESTÓRIAS BEM CONTADAS, SEM MAIORES DELONGAS, PARA AS CHAMAS DA CONSCIÊNCIA, DO SABER DE SI NA UNIDADE DE DOIS. ///

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