Estranho seria não perceber tanto encanto. Os passos seguiam firmes na íngreme elegância do par de all star branco. Não há nada parecido. Espaços, conteúdo, reticências, riscos, incertezas e a alegria incontestável rebuscada ao doce acalanto das noites no meio da semana. Nunca se espante diante da pureza de minhas respostas. A dúvida é o estímulo para a busca incessante de melhorias. E o preço da verdade está muito aquém da sua presença.
A ressalva da vida se apresenta na falta de consternação sobre os eventos necessários ao alcance de fôlego. A realidade se acomoda na proposta mais incólume e esquece que, para tirar proveito e ganhar o dia, bastaria nada mais do que um minuto ao teu lado. O xadrez fica bem, ainda que as peças não se movam com tanta facilidade. Nada com um dia após o novo. E o desejo se espaça nas batidas do coração, onde o ritmo dita as ordens.
Os lanços de escada indispensáveis ao doce traço de seus passos. Os tênis mostram a serena trajetória que os teus longos cachos pairaram na imensidão da vivência humana. E o contentamento se faz suficiente na perspectiva indissolúvel dos olhares cristalinos, puros, aptos... A subversão à lógica propicia o desejo incontestável da avassaladora voz do coração: “Olha, vê, repara...”.
As vezes da indiscrição pegam na surdina meu imaginário caçoando das verdades alheias, ao passo que os rostos já me mostram mais lucidez. Ponto e vírgula, que é para ser mais enfático... Nas coincidentes reticências encontramos as dúvidas que deixam os retalhos do “se” nos vãos lamentos da discórdia. E nada resiste à beleza de tuas vestes livres, a cobrir teu legado de amor, a despeito de pouco troco. Perdi-me nos bosques da aparente felicidade.
O saber desconfia da herança que não mais te alude. O beijo segredou o adeus sem deixar recados. E de ti só restou maturidade. Será que você entenderia do meu amor? A descoberta é fria através das portas entreabertas que os caminhos perfazem em nossa história. Vide o mosaico de situações no painel da vida. Feliz é o artista que consegue apropriar todos os cenários, trans-bordando felicidade num simples “obrigado por vir”.
Destarte a decepção de antes, há de entender que o amor emergiu ao coração de forma sorrateira, adicta, como num piscar de olhos. A gentileza que brota de tuas mãos aflora as ideias e sabota o silêncio dos outros sorrisos. O resvalo da dor é a displicência da alma em não ter coragem de ser si mesmo. Volva teus olhos ao colo alheio. Pesa teus valores. Procura algo mais? Ou ainda se contenta com o que te traz mais segurança? Alimenta teu ego querer o néctar das flores que deixei guardadas em local público?
Não sei até que ponto a ausência de dor pode fomentar progressos... A melodia aproxima os olhares na criação do poeta com a própria existência. Aquela exuberância das sextas deixa o ponto de interrogação sobretudo aquilo que possa antecipar a mim tuas canções preferidas. Raízes escusas, paixões antigas, endereçamentos em papéis de cartas nas lembranças de tua infância. Saber-te perdida em livros, na imensidão do mar de teus apensos cordianos, coloridos na bela vinheta do preto e branco em sombra e luz, da metamorfose inquestionável do ser.
Constelações tripudiam dos meus flutuantes de mim. A menina essencialmente vestida de colegial acabou de roupão azul em campos controversos. O disfarce lhe trouxe maturidade repentina do açoite nas palavras mais intrigantes o possível. Restante a saudade das cadeiras de plástico e a hombridade da compleição no bom gosto, na harmonia e na afoita ponte entre o ser e o querer.
Silvos breves ecoam na multidão. Ela acredita em um mundo mais justo. Isto é visível em suas feições. Por mais que as elucubrações se façam tamanhas na célere contestação da humanidade. A receita é de pão fresco na esquina de casa. E o voto da unanimidade é de festa em festa, na maquiagem do amargor cotidiano. De vez em sempre é maravilhoso vê-la estrela.
Viva os jovens que pensam
Há 8 anos
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