sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Por que é que tem que ser assim?

O dia em que a Terra parou. Todo o cotidiano desde abril passado mostra essa realidade. O choro fica entalado na garganta e a saudade remete à falsa estabilidade. E o pior é que você deixou as flores ao pé da cama, sentiu sinceramente, fez o melhor e os espinhos comprimiram o cristal da pureza. Não sei se se descobre que amou desmedidamente alguém que não merecia... Ou a dor da resignação ou do conformismo parece ser maior que o Mundo...

A vida abriga a desconfiança intermitente do que foi interrompido. Nada agora é capaz de dar alento. Você olha para os lados e vê tudo turvo. As propostas nunca te confortam o necessário. A mão que você quer está ao encontro da insegurança da qual sempre teve medo. O orgulho fica abaixo da possibilidade de mudanças. A perda de estímulos, as reticências dos caminhos, a força rebuscada de tentar e começar de novo, tudo isso despenca a perspectiva dissolúvel da concorrência.

A disposição de todos os momentos era o combustível irrepreensível da busca incólume pelo sorriso mais bonito que já tive em meus braços. Como deixar de pensar no derradeiro pretexto dos cinemas, das fugas, dos despropósitos, da encantadora fórmula do improviso.

No meio do trajeto, o autor descobre um novo sentimento que dispensa comentários. Seus olhos (os dela) são múltiplas verves na concepção da sinceridade. E a dúvida é a nossa superfície, mesmo que seja impermeável. Há possibilidades de existir algo tão mais coeso e belo na face do planeta?

Por que é que tem que ser assim? Alguém pode me dizer o caminho da saída? Claro que pela porta da frente...

Desculpem as más línguas. Mas a vontade agora é de dizer tudo. De ser menos sincero e mais feliz. De nada adianta ter a pureza e não dominar o código. As chaves que abriam a porta da alegria mostram um rumo controverso. O de sumir em resmas de papel da mais imperfeita procedência. Avessos acontecem nas melhores famílias. Como dizer a ti que é possível dar certo? Toda Alegria Termina Indispensavelmente ao nomear este momento especial na doce estrada suntuosa. Por isso, não traga opções.

O soluço é o ingrediente que reproduz a agonia vigilante. Faça você mesmo a aposta porque meu coração não aguenta mais indicar os meus votos de harmonia. Eu preciso dizer esteas coisas, porque elas são independentes e se entrelaçam no percorrer indiscreto de uma sensação inédita. O amor avilta a alma no chamamento mais conturbado que o real e o mundo inteligível possam te proporcionar. E o pior é que ainda acredita no mundo sensível... E você?

O que é certo ou errado? Nem sei por onde comecei mas guardo convicções possíveis. Preciso da chama, preciso daquela ausência de mim quando me imaginava nos braços da voz intrigante da certeza. DEIXA EU IR AGORA? PODE ME GUARDAR CONTIGO? YOU'VE GOT SO MUCH...

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