terça-feira, 25 de agosto de 2009

Jazz aux Cinématèque (por Filipe Barbosa)

Il n'y a pas beaucoup des routes en notre vie pour accomplir notre rêve à travers des moment du total éloquence. Há momentos na vida em que devemos abrir mão das prováveis culpas na consciência para que se amplie o repertório. Um cenário agradável com a acolhida de amigos; ao fundo, o instrumental de uma música excelente à margem do improviso. É o convite para o executivo sem perder o popular. Essa história que vai ser contada passa pelo indispensável bordado de uma noite de sexta-feira em uma rua de Botafogo. O registro dispensa maiores apresentações. A tecnologia se encarrega de mandar o recado com o comando de nossos pensamentos. Uma banda eleva ao espírito a felicidade que se celebra aos poucos. A cadência decrescente da luz controlada em baixos lúmens pode ser comparada ao ritmo equivalente das nossas vozes. O que nasce na mesa ali ficou para não se deixar levar por más línguas. As linhas sinuosas do copo em seu reflexo condecoram o elogio que as nossas retinas proferiram. O jazz incorpora o novo e o tradicional em melodia onipresente, moderna face da voz musicada pelo capricho do saxofone, em sua aparição predisposta por diversas contemplações. O sujeito atravessa um feijão, amigo. E a sua acompanhante pede para que tomemos conta de seus pertences, à guisa do medo material. O preço disso é alto. A verdade é que lá parecia o nosso quintal. Numa dessas esquinas bem guardadas no lado esquerdo do peito. A prova de tudo isso é ocular. A dúvida do leitor acaba na convicção de que, mesmo na volta para casa, encontramos frestas de amizade para uma última parada. Ali pela estação terminal, sobrou esperança para mais alguns votos de fidelidade. Antes de qualquer coisa, a pretensão nem era essa. O combinado mora no intervalo entre o Aterro e a Muniz Barreto. O que fica é a vivência, em diversidade, na absorção do repertório. É quase meia-noite e já passa da hora de ir embora. A ausência de informação cria asas nas chances imperdíveis. O moral reluz na alma de suburbanos cortejados pela pausa que a semana deu na rotina. Sorte a nossa!

Um comentário:

Gabriel de Matos disse...

E que busquemos cada vez mais tal sorte!