Reza a lenda um ritual de trocas espaçadas de afeto, com o aval primoroso do seio familiar, a partir do intervalo mais esperado por um primogênito. Nas melodias mais reprisadas da juventude, sinto o apelo ímpar da felicidade, na morada dos teus refrões prediletos.
Guarda em lençóis brandos a nobreza deste caráter. Inviolável e progressivo. E deixa brilhar a estrela acortinada pelos mais belos buquês da verdade. Como se, nos mares mais límpidos, permanecessem em repouso os ávidos desejos de viver as maravilhas do tesouro reservado em teu nome.
Cada gesto de carinho é um passo lógico na progressão aritmética dos teus sentidos. Inversamente proporcional ao compasso do peito. De beleza absurda e descomunal. Na forma lúcida, como uma narrativa fílmica, das mais distintas obras de arte, em cuja intensidade reside o apelo inconfundível do amor fraterno.
Larga mão dos teus anseios racionais e partilha mais o coração. A vida é breve e não conta os centavos de ocasiões indispensáveis para o bojo das memórias afetivas. Um mundo tão vasto te espera com um punhado generoso da sorte, abandonada por tantos no curso natural do destino humano.
Enquanto vigia a tu' alma, encanta-te com o rico universo dos sonhos. Na medida certa do estar "em cima do muro". Invada as portas mais obscuras, sem pensar no risco imediato das ações. Só a intenção já muda o jeito de olhar os versos a cercar as flores em tua volta. Nada é tão essencial; além da voz prima do teu colo, ante o apelo do sorriso alheio. Sem esquecer da última dança, antes do amanhã raiar.
Viva os jovens que pensam
Há 8 anos
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