Aquela estimulante felicidade sem repouso pede continência ante a lâmina protetora do esplendor. Uma pausa abrupta, inesperada, causa uma dislexia desenfreada. Escolhas precoces, quase outorgadas. Tira das vísceras os nós do imbróglio sem precedentes. Não era o cosmos, mas parecia.
Só o tempo é capaz de separar o joio do trigo, e mostrar a essência a olho nu. Rasga profundamente a pele. Seca as cicatrizes. Abre de novo feridas. Tal qual um ciclo vital, provocador enquanto necessário.
Crescer significa reconhecer um estado permanente de transformação, em cujas amarras estão soldados os pretextos mais polidos para o cruel retrato de amanhãs. É o preço cobrado pela difícil interpretação da rotina, mediante roteiros dirigidos sem ensaios, num acervo pessoal e intransferível. Algumas provas comportam forças indestrutíveis.
A vida não é um documentário épico em preto e branco, digno dos mais renomados prêmios da crítica. Nada é simples quando a terra está em transe. A cada página virada, embora por vezes de não tão querida maneira, os fantasmas de são deixados para trás, substituídos por um renovado ciclo a ser experimentado. O jeito de agir muda todo o resto, com a auspiciosa visão de uma "nova era".
Quem não se contenta com movimentos espontâneos, de progressão geométrica, deve vislumbrar os cursos para a construção de um horizonte melhor, sem queixas ou desespero. Nada sacia o desejo de sucesso, com a maniqueísta pretensão dos votos interiores, guardados a sete chaves, no porão da alma, salvaguardados os tropeços ante o destino.
O amor remonta o início dos dias. Quase um renascimento. De ressonância quântica. Basta conciliar a dor e emoção à base da poesia absurda, ampla e plena na forma da aparente magnitude. A vitória sempre está no alto dos montes. Haja fôlego. Vide sóis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário