terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Asfixia

Acolhe toda forma de amor

Busca a felicidade no olhar do outro

Ceda ao instinto mais improvável

Deixa o teu orgulho que o amor está ao lado

Extravasa a vida no interior

Finta que a carapuça já não veste mais

Grita pela sombra da chuva

Há de amar em surdina, desesperadamente

Incorra ao erro

Jura tua efemeridade a alguém

Lava a alma debaixo de lençóis brancos

Marca este dia com um lindo pôr-do-sol

Namora mais que a tua idade permitir

Ouça a voz do coração

Peça a Deus saúde aos teus

Queira sempre o intangível

Raspa o fundo da panela

Suma mas deixa os rastros

Toma a felicidade como princípio

Una o útil ao agradável

Volta no tempo para recobrar desejos

Xurde, admira, encanta

Zoa, que o próximo baile é a graça da vez...