Depois de amanhã há de ser o
dia de ação de graças a Helena. Ao sabor do raiar do Sol, os sorrisos
cintilantes do xodó dos Capella lançará os primeiros feixes de luz sobre os
quinhões de terra prometida. Sem a menor sombra de dúvidas, receberá de braços abertos
e a plenos pulmões o encanto no corpo de nascituro.
De tal modo, renascerá em
forma de flor o fio de esperança. De conceber as insubstituíveis reexistências
de Marias. Para reparar as forças vitais no ciclo imponderável da natureza.
Compreender as novas nuances de "rouge" nas sutis cores de aquarelas
pulsantes na alegria genuína de criança. Da sua criança em colo onisciente.
Pois o amor, cristalino, em
sua essência, carrega em si, o ávido desejo pelo ineditismo, pela licença
afetiva do legado experimental. Tudo novo de novo, em desconcertante timbre de
voz mezzo soprano. De colírios para orgulho de pai, realização ao seio materno.
Tanta beleza seria comparada ao surgimento metafísico do arco-íris ao fundo da
cordilheira. Faz-se parelho ao frio na espinha da estreia no ballet, do tão
sonhado dez - a nota de louvor - na prova final.
Salvadora das futuras
gerações, perpetuará aos quatro cantos do mundo os ideais da responsabilidade
cidadã e os conhecimentos civilizatórios, a fins da salutar convivência em
sociedade. Por razão das circunstâncias, semeará, ao largo de qualquer
presunção de inocência, uma gama de vivências lúdicas e representações
oníricas.
Depois de amanhã há de ser o
agora de Helena, futuro do subjuntivo do verbo encontrar. Filiada nos salões de
festas de lares em comum, eufóricos com a recém-chegada em zeloso berço.
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