quarta-feira, 3 de junho de 2020

Renascença


Depois de amanhã há de ser o dia de ação de graças a Helena. Ao sabor do raiar do Sol, os sorrisos cintilantes do xodó dos Capella lançará os primeiros feixes de luz sobre os quinhões de terra prometida. Sem a menor sombra de dúvidas, receberá de braços abertos e a plenos pulmões o encanto no corpo de nascituro.


De tal modo, renascerá em forma de flor o fio de esperança. De conceber as insubstituíveis reexistências de Marias. Para reparar as forças vitais no ciclo imponderável da natureza. Compreender as novas nuances de "rouge" nas sutis cores de aquarelas pulsantes na alegria genuína de criança. Da sua criança em colo onisciente.


Pois o amor, cristalino, em sua essência, carrega em si, o ávido desejo pelo ineditismo, pela licença afetiva do legado experimental. Tudo novo de novo, em desconcertante timbre de voz mezzo soprano. De colírios para orgulho de pai, realização ao seio materno. Tanta beleza seria comparada ao surgimento metafísico do arco-íris ao fundo da cordilheira. Faz-se parelho ao frio na espinha da estreia no ballet, do tão sonhado dez - a nota de louvor - na prova final.


Salvadora das futuras gerações, perpetuará aos quatro cantos do mundo os ideais da responsabilidade cidadã e os conhecimentos civilizatórios, a fins da salutar convivência em sociedade. Por razão das circunstâncias, semeará, ao largo de qualquer presunção de inocência, uma gama de vivências lúdicas e representações oníricas.


Depois de amanhã há de ser o agora de Helena, futuro do subjuntivo do verbo encontrar. Filiada nos salões de festas de lares em comum, eufóricos com a recém-chegada em zeloso berço.



terça-feira, 2 de junho de 2020

Desenhos do Interior

Sotaques brindam
Campos floridos, sedes
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