DOCE NOVEMBRO
Tarde de sábado, final de novembro, um olhar taciturno permite infinitas interpretações acerca de seus pensamentos. Mãos hasteadas ao queixo, ar de mergulhar profundo em seu universo imaginário: aquilo é a menção sobre a pulsão de vida.
Chove lá fora. O zunido da janela é mera constatação da existência de nossos sentidos. E a grande providência é a preocupação com os detalhes, a observação sorrateira, o olhar quase que displicentemente ilustrando todo um cenário a sua volta. Seus simples gestos, seja um sorriso, seja um gesto, residem à manifestação plena sobre a felicidade, sendo certo que a afirmação de seus sacrifícios não provoca a dor por que se esperava.
A espontaneidade é o grande estímulo para grandes resultados. A produção é relevante em seu conteúdo, desde que seja levada às suas raízes mais destemidas, do plano da origem de sua natureza, tão simples quanto agradável.
O aceno independente registra todo o processo de construção das suas experiências. Braços tão fortes e serenos. Uma busca insaciável pelo saber, a ver em suas mensagens a grande oportunidade que se obtém a cada novo amanhecer.
Flores nascem. Céus se desfazem. A vida se renova, em novos tempos, tão mais incertos. A certeza da vida é a do erro. De coração. O que seria de minh’ alma sem esta falta de mim?
A disputa entre o belo e a garantia de sucesso parece tão menos vivaz perto de aquele transcorrer imperfeito. Futuro do meu pretérito imperfeito. Vozes me guiam na cristalinidade daquela transparência. Exposta a todos os efeitos da passagem do tempo. Capaz de entender todas as modificações por que passamos, sem destituir-se dos valores de cada momento e do que antes era nada mais do que poucos lanços de escada.
Tantos poucos que me fariam embriagar de tanta lucidez, ainda que na calada da noite. Sons ao vento, tantos meios, uma só forma: implacável força das escolhas de hoje, que pode vislumbrar o encontro da pulsão de vontade num futuro tão mais próximo do que a eternidade.
É certo que aqueles cachos, aparentemente desajeitados, refletem em seu balanço suave a natureza nobre de suas opiniões. Um espasmo de alegria em tão pouco espaço de tempo: se deixa levar pela passagem inesperada do vento ou ao obscurantismo da calada da noite, ao mesmo tempo, correspondente a seus fios de seda da alegria contida nos breves descansos sobre um colo companheiro. Quase nunca pede ajuda. E mal sabe que virou uma estrela. Muito menos que as estrelas têm hora certa para chegar. E não se pode dizer se tornam a passar na mesma rota: súbita forma de amar.
Costumam dizer que a alegria vem pela manhã; questiono, então, se não vale a pena enveredar nesta tal paz através da ininterrupta e contundente tomada do amor puro, longe de julgamentos, perto do acalanto, pleno por coisa em si, estúpida voz do coração, que não pensa em algo mais sem que faça parte daquele próximo março de que me relembro com tamanha admiração. Esse sonho não vai terminar.
Tarde de sábado, final de novembro, um olhar taciturno permite infinitas interpretações acerca de seus pensamentos. Mãos hasteadas ao queixo, ar de mergulhar profundo em seu universo imaginário: aquilo é a menção sobre a pulsão de vida.
Chove lá fora. O zunido da janela é mera constatação da existência de nossos sentidos. E a grande providência é a preocupação com os detalhes, a observação sorrateira, o olhar quase que displicentemente ilustrando todo um cenário a sua volta. Seus simples gestos, seja um sorriso, seja um gesto, residem à manifestação plena sobre a felicidade, sendo certo que a afirmação de seus sacrifícios não provoca a dor por que se esperava.
A espontaneidade é o grande estímulo para grandes resultados. A produção é relevante em seu conteúdo, desde que seja levada às suas raízes mais destemidas, do plano da origem de sua natureza, tão simples quanto agradável.
O aceno independente registra todo o processo de construção das suas experiências. Braços tão fortes e serenos. Uma busca insaciável pelo saber, a ver em suas mensagens a grande oportunidade que se obtém a cada novo amanhecer.
Flores nascem. Céus se desfazem. A vida se renova, em novos tempos, tão mais incertos. A certeza da vida é a do erro. De coração. O que seria de minh’ alma sem esta falta de mim?
A disputa entre o belo e a garantia de sucesso parece tão menos vivaz perto de aquele transcorrer imperfeito. Futuro do meu pretérito imperfeito. Vozes me guiam na cristalinidade daquela transparência. Exposta a todos os efeitos da passagem do tempo. Capaz de entender todas as modificações por que passamos, sem destituir-se dos valores de cada momento e do que antes era nada mais do que poucos lanços de escada.
Tantos poucos que me fariam embriagar de tanta lucidez, ainda que na calada da noite. Sons ao vento, tantos meios, uma só forma: implacável força das escolhas de hoje, que pode vislumbrar o encontro da pulsão de vontade num futuro tão mais próximo do que a eternidade.
É certo que aqueles cachos, aparentemente desajeitados, refletem em seu balanço suave a natureza nobre de suas opiniões. Um espasmo de alegria em tão pouco espaço de tempo: se deixa levar pela passagem inesperada do vento ou ao obscurantismo da calada da noite, ao mesmo tempo, correspondente a seus fios de seda da alegria contida nos breves descansos sobre um colo companheiro. Quase nunca pede ajuda. E mal sabe que virou uma estrela. Muito menos que as estrelas têm hora certa para chegar. E não se pode dizer se tornam a passar na mesma rota: súbita forma de amar.
Costumam dizer que a alegria vem pela manhã; questiono, então, se não vale a pena enveredar nesta tal paz através da ininterrupta e contundente tomada do amor puro, longe de julgamentos, perto do acalanto, pleno por coisa em si, estúpida voz do coração, que não pensa em algo mais sem que faça parte daquele próximo março de que me relembro com tamanha admiração. Esse sonho não vai terminar.